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Grupo Corpo Molde

Quem Somos?

“Modelo oco no qual se introduz matéria pastosa ou líquida que, ao secar, toma-lhe a forma. Todo instrumento ou peça de metal, madeira, cartão, papel etc., pela qual se corta, recorta ou modela alguma coisa. Modelar o movimento e o sentimento do corpo, desenhar e viajar, o corpo se que se molda a desenvoltura do viver, Corpo Molde”.

O Grupo Corpo Molde nasceu  em 2013  dentro do território do Campo Limpo que fica  localizado na Zona Sul de São Paulo .O bailarino, Renan Marangoni,  tinha o desejo de criar um grupo de jovens para realizar pesquisas corporais que estivessem fora das percepções já conhecidas por eles. Unidos pelos mesmos objetivos de realizar trabalhos artísticos de qualidade no bairro de surgimento do  grupo, passaram a pesquisar, ensaiar e a produzir espetáculos que fogem do estilo que reforçam os estereótipos da periferia paulista, desenvolvendo a formação artística pedagógica e uma percepção técnica para montagem de espetáculos, oficinas, performances e eventos.


Os intérpretes-criadores passam por diversas aulas em seu processo de formação. Atualmente os professores que compõem o núcleo do Grupo Corpo Molde, são voluntários que atendem as necessidades corporais e culturais para ampliação de vocabulário artístico dos intérpretes do grupo, do qual oferecem ao elenco uma formação semana com aulas de: Dança Contemporânea, Ballet Clássico, Danças Tradicionais Brasileiras, Dança Étnicas,, Acrobacias, Interpretação, Análise Crítica da Dança, Maquiagem, Figurino, Cenografia, Provocação Cênica, Condicionamento Físico e Anatomia e Formações Teóricas para a criação dos espetáculos e de programas de aulas.

 

FORMAÇÃO:

As aulas são realizadas para a ampliação da formação sociocultural e artística composta para os espetáculos do grupo visando multiplicadores culturais do programa de metodologia oferecida pelo Grupo Corpo Molde, assim encaminhando e fornecendo o conhecimento para desenvolvimento técnico e pedagógico na linguagem artística da formação dos intérpretes, no qual  todos os anos realizamos audição para a entrada de novos integrantes, mas também para a integração dos projetos de criação do grupo. Acreditamos no processo de corporificação, termo do qual faz parte do processo de criação de identidade de estudo do grupo:

“ … ‘Eu sou corporificado, portanto, experiencio que sou’.  É a experiência da corporificação que nos dá a experiência de estarmos vivos.”

(Alberto Giacometti,”Detail of Standing Woman”, 1946, Cp.1 Mito como Corpo -Identidade)

Compreendemos o intérprete-criador, como protagonista, visando o seu desenvolvimento, partindo desse pressuposto,  o grupo atende jovens a partir dos 15 anos, pois  entendemos que o desenvolvimento da autonomia e apropriação cultural se amplie ao decorrer desta faixa etária, tornando-os  o nosso público alvo de trabalho para formação de elenco.

Após 5 anos na região do Campo Limpo, o grupo ficou sem espaço para ensaiar e realizar seu processo de formação, sendo assim,  no ano de 2019, o grupo conseguiu parceria com a Vila Itororó onde realizou o projeto CM na Vila, em que consistia em uma formação livre para novos dançantes. Esse trabalho foi desenvolvido até o momento em que o grupo  conseguiu um espaço em compartilhamento com a CIa. Naturalis de Teatro, porém por falta de viabilidade financeira, o grupo teve que deixar o local. Atualmente, em parceria com a Associação Maria Flos Carmeli que localiza-se no Glicério e é parceira do grupo desde de 2017, é promovido  os ensaios e aulas para a formação do elenco 2020. 

 

Ao decorrer dos anos, passaram pelos processos de criação em formação de elenco cerca de 60 intérpretes-criadores e que foram impactados pela nossa iniciativa, do qual grande parte continua em criações artísticas em outros núcleos de desenvolvimento e outras escolheram atuar em áreas dentro da arte, como: produtores culturais, iluminadores, bailarinos, coreógrafos e diretores.

Espetáculos e processos de criação

Ao decorrer dos anos o grupo realizou a montagem de 4 espetáculos e colaborou em 5 projetos de integração de criação, ações de intervenção e montagem de documentário. Em 2014, estreiou seu primeiro espetáculo “SAGA|TIBA”, abordando a busca de pessoas desaparecidas no Brasil.

No ano de 2015, o grupo foi contemplado pelo Edital VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), na modalidade VAI-I, com o Projeto “Expansão Corpo Molde”, do qual resultou na criação do seu segundo espetáculo “DITOLINHADURA”, levando ao palco depoimentos, por meio da linguagem da Dança, sobre a Ditadura Militar Brasileira. No mesmo ano, realizou duas parcerias com a faculdade de arquitetura Escola da Cidade. A primeira foi a criação do processo “CORPOSENSU” que  em parceria com o CJ (Centro para Juventude) da ONG Movimento Comunitário Estrela Nova, uniu o elenco do Grupo Corpo Molde e os jovens do projeto da ONG em uma montagem divertida na qual abordava o processo de identidade corporal. Em seguida o Grupo Corpo Molde, foi convidado para participar do  projeto “Notações de uma Coreografia Urbana”, performance criada em parceria com a arquiteta Manuela Siffert Porto e com a Escola de Cidade.

Em 2016, o grupo foi contemplado pelo edital VAI com o Projeto “Ausência”, modalidade VAI-II, com a criação do espetáculo “Ausência”, abordava-se os relacionamentos líquidos existentes na era tecnológica e promoveu a criação do documentário “MOVEMENT”, dialogando a linguagem da Arte e Performance através de estruturas arquitetônicas. Neste mesmo ano criou junto ao Coletivo de Jovens Artistas da ONG Projeto Arrastão o espetáculo “Eu Sou”, no qual juntou  Artes Plásticas com  a Dança, tendo como parceria o artista-plástico André Fernandes.

No ano de 2017, em parceria com a faculdade de arquitetura Escola da Cidade a convite da arquiteta Helena Caixeta e em parceria com o grupo de canto popular Raízes do Arco Verde, o grupo estreou seu primeiro espetáculo infantil “Bambaquerê”, no qual abordava-se o desenvolvimento infantil através de jogos e brincadeiras, mesclando as danças tradicionais brasileiras e dança contemporânea,. Neste mesmo ano realizamos a montagem do processo “Abismo”, criado para potencializar o trabalho de  um de nossos antigos intérprete-criador Willian Farias.

Em 2018 o grupo criou o processo “Casa| Cortejo a Lugar Nenhum”, abordando as relações internas dentro dos universos existentes em nossas casas. No ano de 2019, por conta do êxito no projeto “CM Na Vila”, sentiu-se a necessidade do grupo falar sobre suas origens e então foi criado o processo “Corpo Ancestral”, abrindo o leque de histórias pertencentes aos intérpretes-criadores que utilizavam o espaço da Vila Itororó.

Neste ano de 2020, o grupo quer construir seu novo projeto de espetáculo abordando a Diversidade Sexual e de Gênero, por meio de fortalecer o movimento da cultural LGBTQI+ da Cidade de São Paulo.

Importante ressaltar que os processos realizados em 2014, 2017, 2018 e 2019, foram criados sem apoio financeiro de qualquer edital ou verba de equipamentos privados, mas sim com a disponibilidade financeira de membros da equipe juntamente com equipamentos, figurinos, cenários adaptados dos recursos conquistados em 2015 e em 2016. Ao decorrer de todos esses anos o grupo já  impactou em média 8 .000 pessoas, entre  150 ações.


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